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NADAF, Yasmin Jamil. Sob o signo de uma flor. Estudo de "A Violeta", publicação do Grêmio Literário Júlia Lopes - de 1916 a 1950. Rio de Janeiro: Sette Letras, 1993. 527p.

O livro, resultado da dissertação de Mestrado da autora, traz o resgate, a catalogação e a análise de A Violeta, uma revista criada e dirigida por um grupo de mulheres de Mato Grosso, pertencentes ao Grêmio Literário “Júlia Lopes”. A pesquisa nos permite ter um leque de conhecimentos do universo feminino regional, com destaque para: a intensa participação da mulher na imprensa local e na vida sócio cultural da cidade; o nome das escritoras (nascidas ou residentes na região) e de suas obras; os gêneros, a estética literária e os temas eleitos por elas em sua escrita; o intenso intercâmbio cultural e literário que essas mulheres de letras estabeleceram na 1ª metade do século XX, com homens e mulheres de letras da região, de outros Estados e do estrangeiro; o modo como essas mulheres se retratavam (a si e aos outros); e, por fim, a forma de sua inserção no contexto social originário.

 

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NADAF, Yasmin Jamil. Rodapé das miscelâneas. O folhetim nos jornais de Mato Grosso (séculos XIX e XX). Rio de Janeiro: 7Letras, 2002. 426p.

Obra inicialmente apresentada como tese de Doutorado. Nela, a autora resgata, cataloga e analisa o Folhetim (enquanto coluna de jornal, e gênero romance-folhetim) nos jornais da França, do Rio de Janeiro, e de Mato Grosso, com o objetivo de apontar o seu nascimento na França, seu aparecimento no Brasil e irradiação para as províncias, bem como as diferenças do gênero nas diversas geografias. Em resposta, a pesquisa mostra a descoberta da transgressão no Folhetim dos jornais de Mato Grosso, e a indicação dos fatores responsáveis por essa transgressão. Neste ponto o destaque fica pela ausência da publicação do clássico romance-folhetim francês, que cedeu lugar a uma ficção eclética num encontro de autores, uns clássicos, outros conhecidos, e outros até mesmo desconhecidos ou estreantes; gêneros narrativos diversos como o romance, a novela, o conto e o texto literário curto, produzidos nos mais variados estilos; além de um volume considerável de crônicas assinadas por escritores mato-grossenses. O conteúdo se prendeu a divulgação de um ideário conservador que predominava nas letras regionais da época.

 

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NADAF, Yasmin Jamil. Diálogo da escrita. Alagoanos na imprensa de Mato Grosso (primeira metade do século XX). Rio de Janeiro: Lidador, 2003. 72p.

Trata-se de um estudo da produção de escritores alagoanos na imprensa mato-grossense, indicando a rede de relações culturais entre as duas regiões, e a descoberta de que os escritores e intelectuais de ambos os territórios extrapolaram a visão do Brasil cosmopolita e periférico da 1ª metade do século XX, quando havia uma acentuada tendência das regiões isoladas geograficamente se voltarem para os grandes centros do País, com relevo para o eixo Rio-São Paulo. Aqui o intercâmbio ocorreu entre duas regiões periféricas, com protagonistas, em sua larga maioria, de mulheres escritoras, algumas delas até então desconhecidas pela própria história da literatura alagoana.

 

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NADAF, Yasmin Jamil. Presença de mulher. Ensaios. Rio de Janeiro: Lidador, 2004. 130p.

Reunião de ensaios em torno da escrita da mulher, em Mato Grosso dando sequência ao trabalho da autora de recuperar e divulgar escritoras até então excluídas da história oficial. Desta feita a novidade recai sobre as mulheres de letras do século XIX e da 2ª metade do século XX, visto que as escritoras da 1ª metade do século XX foram listadas no seu primeiro livro. Entre as figuras femininas de destaque do oitocentos listam-se Leopoldina Tavares Portocarrero, uma mato-grossense educadora que habita o Rio de Janeiro lá publicando em 1896, uma obra que mudou o rumo do ensino público na capital federal no período da passagem do Império para a República; Maria do Carmo de Mello Rego, esposa de um presidente da Província de Mato Grosso, que narra em um livro impresso em 1897, suas reminiscências pela estada em Cuiabá; e Maria da Glória Pereira Leite, mais conhecida como a Baronesa de Villa Maria, autora de um opúsculo escrito na capital Federal, em 1890, com ferozes críticas sócio-econômicos e educacionais a respeito de Mato Grosso. Quanto a 2ª metade do novecentos a obra acentua uma fecunda produção feminina no Estado ao levantar uma extensa relação bibliográfica dessas escritoras.

 

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NADAF, Yasmin Jamil. Machado de Assis em Mato Grosso. Textos críticos da primeira metade do século XX. Rio de Janeiro: Lidador, 2006. 128p.

O livro reúne 09 ensaios, crônicas, textos que falam sobre a vida e a obra de Machado de Assis (RJ, 1839-1908). São textos dos escritores mato-grossenses Cesário Prado, Cesário Neto, José de Mesquita (destes são dois textos), Virgilio Corrêa Filho, Maria Dimpina, António de Arruda, Amidicis Tocantins, e Gervásio Leite, impressos em jornais e revistas, da 1ª metade do século XX. O objetivo da obra é divulgar a presença de Machado de Assis em Mato Grosso, pois até então não há nenhum estudo que trate do assunto. O livro aborda sua influência estética em nossos escritores, sua presença no cenário das letras da região, e a leitura crítica que nossos escritores faziam da obra de Machado.

 

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NADAF, Yasmin Jamil. Estudos literários em livros, jornais e revistas. Cuiabá: Entrelinhas, 2009. 131p.

Reunião de ensaios apresentados em Congressos e publicados em revistas científicas especializadas, cujo tema gira em torno da literatura e imprensa – brasileira e mato-grossense, do século XIX e XX. Recupera e divulga uma escrita inédita de escritores e escritoras até então excluídos da história oficial, oferecendo ainda leituras de autores canônicos do século XX – Graciliano Ramos e Érico Veríssimo – bem como do contemporâneo Dalton Trevisan.

 

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NADAF, Yasmin Jamil. Páginas do passado. Ensaios de literatura. Cuiabá: Carlini & Caniato Editorial, 2014. 208p.

O livro reúne seis ensaios, divididos em três seções: “Literatura França-Brasil”; “Intercâmbio cultural”; e “Autores mato-grossenses: homologia entre a vida e a obra”. Neles a autora revisita e revitaliza jornais e livros antigos, de onde jorram suas análises críticas nestas duas últimas décadas, em torno dos eixos temáticos Literatura e Imprensa da França/Brasil e Mato Grosso, ora isolados ora em diálogo com outras fronteiras.